NOTÍCIAS
06 DE OUTUBRO DE 2023
Programas da Justiça do Trabalho fortalecem ações para o trabalho decente
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define o trabalho decente como o trabalho produtivo, devidamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, que garanta uma condição digna de vida e esteja vinculado à dignidade humana.
Desde 2007, o dia 7 de outubro marca o Dia Internacional do Trabalho Decente, data instituída no Fórum Social de Nairobi, no Quênia. O conceito tem por base quatro pontos principais: os direitos e princípios fundamentais do trabalho, a promoção do emprego de qualidade, a extensão da proteção social e o diálogo social.
A construção do trabalho decente, portanto, deve estar além de uma missão estabelecida: ela dever ser real e diária. E isso envolve ações como:
Promover salário dignos
Cumprir as leis trabalhistas
Combater a discriminação
Promover condições de trabalho saudáveis
Reduzir as diferenças salariais entre homens e mulheres
Desenvolver iniciativas de conscientização sobre a diversidade
Realizar ações de promoção da igualdade de gênero e etnia
Política nacional
Com o propósito de reafirmar seu compromisso no combate às inúmeras formas degradantes de exploração da mão de obra humana, a Justiça do Trabalho lançou, em agosto, a Política Judiciária Nacional de Trabalho Decente. O objetivo é impulsionar os Tribunais Regionais do Trabalho e o Tribunal Superior do Trabalho a desenvolver programas, projetos e ações voltadas à implementação do trabalho digno.
Como parte dessas iniciativas, na última quarta-feira (4), o presidente do TST e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministro Lelio Bentes Corrêa, lançou o “Programa de Equidade, Raça, Gênero e Diversidade da Justiça do Trabalho”, que tem como coordenadora nacional a ministra do TST, Kátia Magalhães Arruda.
Construção
Segundo a ministra, uma das diretrizes centrais para efetividade do programa é a participação de todos os setores da Justiça do Trabalho, desde a base até os cargos de direção. “Estamos dando um importante passo para a construção de uma sociedade justa e igualitária e só conseguiremos atingir esse objetivo se contarmos com a colaboração e o engajamento de todos e todas”, destacou. “Se, infelizmente, é possível educar pessoas para discriminar e oprimir, também será possível fazê-lo para aprender a respeitar, acolher e enriquecer a todos com as diferenças raciais, étnicas e culturais“.
Futuro
Um primeiro passo para uniformizar e automatizar as ações relativas à Politica Judiciária Nacional de Trabalho Decente foi dado com a divulgação da Carta da Política de Trabalho Decente – proposições para a construção de uma agenda de saúde, segurança, equidade, proteção à infância e erradicação do trabalho infantil”.
A Política Nacional de Trabalho Decente é integrada, ainda, pelos programas “Enfrentamento ao Trabalho Escravo, ao Tráfico de Pessoas e de Proteção ao Trabalho do Migrante”, “Trabalho Seguro” e “Combate ao o Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem”, com vários anos de atuação.
Segurança
O Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho (“Trabalho Seguro”) criado em março de 2012, atua em parceria com instituições públicas e privadas na formulação e na execução de projetos e ações nacionais que superem um problema que mata ao menos uma pessoa a cada três horas no Brasil. Segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab), com base apenas em registros de pessoas com carteira assinada, em 2021 foram 612.920 notificações de acidentes de trabalho no país, , com 2.538 mortes, um aumento de 37% em relação ao ano anterior.
Crianças e adolescentes
O desafio do trabalho decente abrange, também, o trabalho infantil. Em 2012, a Justiça do Trabalho criou o Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, com ações para erradicar a exploração de mão de obra infantil e de adolescentes. O programa promove eventos relacionados ao tema e amplia os espaços de denúncia, além de conscientizar empresas sobre o tema.
OIT
Em 2003, a promoção do trabalho decente passou a ser um compromisso assumido entre o governo brasileiro e a OIT, com a assinatura do Memorando de Entendimento. Desde então, a OIT tem apoiado o esforço nacional em áreas como o combate ao trabalho forçado, ao trabalho infantil e ao tráfico de pessoas para fins de exploração sexual e comercial, a promoção da igualdade de oportunidades para todas as pessoas e a promoção de trabalho decente para jovens, entre outras
Agenda
No Brasil, em maio de 2006, foi lançada a Agenda Nacional de Trabalho Decente (ANTD), compromisso entre governos, organizações de trabalhadores e empregadores. O objetivo era estimular o desenvolvimento sustentável e a inclusão social através da promoção do trabalho decente a partir da geração de mais e melhores empregos, com igualdade de oportunidades e de tratamento, erradicação do trabalho escravo e do trabalho infantil, em especial em suas piores formas, e fortalecimento dos atores tripartites e do diálogo social como um instrumento de governabilidade democrática.
Fonte: TST
The post Programas da Justiça do Trabalho fortalecem ações para o trabalho decente appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
03 DE NOVEMBRO DE 2023
Projeto “Quem sente na pele”, do TJRJ, lança o segundo vídeo
O segundo episódio da série “Quem sente na pele”, produzida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro...
Portal CNJ
03 DE NOVEMBRO DE 2023
Metas do Judiciário para 2024 entram em consulta pública
A proposta de Metas Nacionais para o Poder Judiciário durante o ano de 2024 vai contar com a opinião da sociedade...
Anoreg RS
03 DE NOVEMBRO DE 2023
Artigo – Holding familiar e planejamento sucessório: o que é e por que se tem falado tanto nisso?
Qual destino você planeja para o seu patrimônio? A holding familiar desponta como uma intrigante resposta, mas...
Anoreg RS
03 DE NOVEMBRO DE 2023
Artigo – As discussões sobre o marco temporal dos direitos dos indígenas sobre a terra nos Poderes Judiciário e Legislativo
Fato é que a discussão sobre o marco temporal dos direitos dos indígenas sobre a terra ainda deverá se estender...
Anoreg RS
03 DE NOVEMBRO DE 2023
Incra estabelece diálogo sobre regularização fundiária de quilombolas
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) criou, nesta quarta-feira (1º), a Mesa Nacional de...