NOTÍCIAS
01 DE DEZEMBRO DE 2023
Painel discute o papel do Registro de Imóveis no mercado de crédito de carbono e desenvolvimento sustentável
O primeiro painel do segundo e último dia do XXIII Congresso Brasileiro de Direito Notarial e Registral da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR) e a VI Conferência Nacional dos Cartórios da Confederação Nacional de Notários e Registradores (CNR) discutiu o papel dos Cartórios de Registro de Imóveis na sustentabilidade ambiental com o tema “Meio Ambiente Sustentável: Da Regularização Fundiária com Solo Seguro ao Mercado de Crédito de Carbono”.
Daniela Madeira, juíza auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, abriu o painel falando do projeto Solo Seguro da Corregedoria e contou sobre a nova etapa da ação.
“O projeto Solo Seguro é um programa permanente instituído pelo Provimento 145/2023. A próxima edição do Projeto Solo Seguro será voltada para o espaço urbano. Com o nome de Solo Seguro Favela, o programa vai titular imóveis no Complexo do Alemão, que abriga um dos maiores conjuntos de favelas da Zona da Leopoldina, na Zona Norte do município do Rio de Janeiro”, afirmou a juíza.
Patrícia Ferraz, diretora de Registro de Imóveis da CNR e diretora de Relações Institucionais do RIB, apresentou seus estudos sobre o tema Registro de Imóveis e Mercado de Carbono. Para a registradora de imóveis de Diadema, grande São Paulo, os principais problemas dos créditos de carbono são a falta de segurança jurídica e publicidade, o que facilita a prática de Greenwashing.
“Uma vez inseridos no Registro de Imóveis, seria possível verificar a segurança jurídica e veracidade desses créditos de carbonos. O RGI tem uma vantagem muito grande, a sua capilaridade. Os cartórios fiscalizam se o projeto está sendo desenvolvido de forma correta ou não, mas cada registrador tem conhecimento se o projeto está sendo desenvolvido em sua circunscrição ou não. Na minha visão, a resposta ideal para inclusão do crédito de carbono no registro do imóvel seria a criação de um livro específico para esse fim. Ainda, se não houver tempo para uma alteração da Lei de Registros Públicos, como uma solução urgente poderíamos fazer o registro no Livro 3-Auxiliar e averbar na matrícula por mera notícia”, afirmou Patrícia.
“Acredito no potencial de mudança que o registro de imóveis oferece e o crédito de carbono nasce da existência efetiva da floresta, e essa existência pode ser provada pelo RGI. Hoje, a região brasileira com maior potencial para geração de crédito de carbono é, também, a região com maior irregularidade fundiária, a região amazônica. Estamos perdendo uma oportunidade enorme em nosso país”, afirmou Ana Cristina Maia, presidente do CORI/MG e conselheira da Anoreg/BR.
Valdiram Cassimiro, presidente da Anoreg/TO, também participou do painel. “Precisamos dar uma funcionalidade social para as terras públicas, pois a conservação da floresta produz atualmente um grande capital econômico”.
Por sua vez, Maria Tereza Uille, professora e ex-conselheira do CNJ, apresentou os principais pontos do Projeto de Lei 412/22, que, atualmente, tramita na Câmara e regulamenta o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE). A especialista destacou que o PL é muito voltado para a indústria e não inclui a questão de manejo das florestas, por isso, sugeriu uma outra solução para a inclusão dos Créditos de Carbono no Registro de Imóveis.
“O plenário do CNJ pode criar a certidão de nascimento do estoque de carbono florestal. Essa certidão teria a função de iniciar um histórico daquele estoque de carbono e, assim, seria possível consultar e controlar os créditos de carbono naquela determinada área florestal”, finalizou Maria Tereza.
Fonte: AssCom Anoreg/BR
Outras Notícias
Portal CNJ
30 DE NOVEMBRO DE 2023
Cejuscon de SC realiza lançamento da Semana Nacional de Regularização Tributária
O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Seção Judiciária de Santa Catarina (CEJUSCON/SC),...
Portal CNJ
30 DE NOVEMBRO DE 2023
Protocolo entre Judiciário e Executivo reunirá subsídios às ações ligadas à política antimanicomial
A criação de um protocolo conjunto entre os Poderes Judiciário e Executivo para a oferta de orientações...
Portal CNJ
30 DE NOVEMBRO DE 2023
Acessibilidade: Justiça do Amapá capacita servidores na Língua Brasileira de Sinais
A Turma do curso “Libras: Formação para Iniciantes”, promovido pelo Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), por...
Portal CNJ
30 DE NOVEMBRO DE 2023
Justiça de Alagoas intermedeia acordo de aquisição de área para reforma agrária
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) afirmou ao Judiciário alagoano, nesta quarta-feira...
Portal CNJ
30 DE NOVEMBRO DE 2023
Em Fortaleza, Judiciário discute melhorias para Sistemas Socioeducativo e de Proteção à Infância e Juventude
A Presidência do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) esteve reunida, nesta quarta-feira (29/11), com...