NOTÍCIAS
22 DE SETEMBRO DE 2023
Consolidação da PDPJ-Br é destaque em relatório de gestão da ministra Rosa Weber
A gestão da presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Rosa Weber, que se encerra neste mês, consolidou a implantação da Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ-Br) como política nacional para a governança e gestão do processo judicial eletrônico, aponta publicação do Programa Justiça 4.0.
O Relatório de Entregas do Programa Justiça 4.0 — Gestão da ministra Rosa Weber registra os avanços e resultados do programa no período, com foco no lançamento e na disseminação das soluções desenvolvidas, na oferta de cursos e formações e em pesquisas e diagnósticos realizados sobre a capacidade de inovação e transformação digital do Judiciário brasileiro. “Este relatório representa nosso compromisso contínuo com a Justiça brasileira”, afirma Ricardo Fioreze, secretário especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do CNJ.
O Justiça 4.0 é realizado pelo CNJ em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Conselho da Justiça Federal (CJF), com apoio do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT).
Conexão dos sistemas processuais
De acordo com o relatório, a integração dos sistemas de processo eletrônico à PDPJ-Br foi concluída por 100% dos tribunais superiores, estaduais, eleitorais, trabalhistas e militares e por 83% dos regionais federais. Os conselhos Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), da Justiça Federal (CJF) e Nacional do Ministério Público (CNMP) também fizeram a conexão. Apenas o Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) segue com a integração em andamento.
“Estamos conseguindo unir distintas esferas do Poder Judiciário em uma única plataforma. Isso tem permitido e permitirá uma transição mais suave e eficiente de casos entre níveis e esferas judiciais, além de facilitar o acesso à informação para todas as partes envolvidas”, ressalta Fioreze. A PDPJ-Br promove a integração de 14 sistemas de processo eletrônico, unificando, assim, a tramitação das ações judiciais no Brasil.
Outra solução que permite a integração dos sistemas dos tribunais é a plataforma Codex, que extrai, converte e armazena dados e informações dos processos judiciais. Desde 2021, os tribunais instalam as aplicações do Codex na estrutura dos sistemas de processo eletrônico. Segundo o Relatório de Entregas, no último ano, dez tribunais concluíram a implantação, contabilizando, ao todo, 90 tribunais. A quantidade de processos judiciais armazenados na plataforma mais que dobrou no período: de 68,8 milhões de processos judiciais para 148,3 milhões.
Protagonismo no desenvolvimento de IA
Com projetos voltados para geração de datasets e treinamento de modelos de Inteligência Artificial (IA), o Judiciário brasileiro assumiu protagonismo nessa tecnologia. “Nesse período, o Programa Justiça 4.0 estudou e testou o uso de IA para melhorar a análise e a tomada de decisões”, conta Ricardo Fioreze.
Entre as novidades destacadas no Relatório de Entregas, está o lançamento, na plataforma Sinapses, de três modelos de IA desenvolvidos em parceria com universidades: ALICIA — Análise Linguística para Classificação Automatizada, com a Universidade de Fortaleza (Unifor); KAIROS — K-Means Clustering Similarity for Legal Documents, desenvolvido pela Universidade Federal de Goiás (UFG) para indicar processos jurídicos similares; e PEDRO — Plataforma de Extração e Descoberta de Precedentes dos Tribunais, elaborado pela Universidade de Brasília (UnB).
“As entregas do Justiça 4.0 tornam o Judiciário mais célere e efetivo ao permitir a automação dos processos passíveis de padronização, possibilitando que servidoras e servidores empenhem seu tempo em tarefas que demandam qualificação e reflexão”, afirma Carlos Arboleda, representante residente adjunto do PNUD no Brasil.
Novas ferramentas no marketplace da PDPJ-Br
O último ano de realizações foi marcado também pelo lançamento do Sistema Nacional de Gestão de Bens (SNGB) e pela primeira fase de implantação do Domicílio Judicial Eletrônico. O SNGB permite o rastreamento de bens com restrição judicial no processo judicial, registrando desde o cadastro de um bem, documento ou objeto judicializado no sistema até a sua destinação final, com controle do cadastro e histórico de movimentação.
O Domicílio Judicial Eletrônico é o novo ambiente digital pelo qual ocorrerá o envio e recebimento das comunicações processuais eletrônicas. A primeira fase de implantação da ferramenta focou a integração dos sistemas dos tribunais ao Domicílio e o cadastro de instituições financeiras.
De acordo com o Relatório de Entregas, até setembro deste ano, mais de 6 mil empresas já haviam se cadastrado no Domicílio Eletrônico, efetivando 1,3 mil usuários aptos a representá-las. Treze tribunais já estão integrados, realizando o envio de citações, intimações e demais comunicações pelo Domicílio. O Justiça 4.0 contabiliza o envio de mais de 136 mil comunicações processuais para as empresas cadastradas pelo Domicílio Eletrônico até o início de setembro.
Aperfeiçoamento funcional
As capacitações, os cursos e os eventos de disseminação das soluções do Justiça 4.0 estiveram entre as prioridades da gestão da ministra Rosa Weber, conforme o Relatório de Entregas. No período, o Justiça 4.0 promoveu a série de webinários PrevJud Explicado, que contou com participação de quase 2 mil magistrados e servidores das justiças do Trabalho, Federal e Estadual.
Também foram lançados, na plataforma de ensino a distância do CNJ (CEAJud), os cursos Sniper — Capacitação para utilização, Introdução à Inteligência Artificial (IA) e SNGB: Formação para Capacitação de Magistrados e Servidores. Este último foi concluído por 2.880 profissionais.
Formação de Gestores em Sistemas de Integridade e Compliance, ofertado no primeiro semestre de 2023, é destaque do aperfeiçoamento funcional. Dela, participaram 193 profissionais, indicados pelos tribunais das justiças Estadual, Eleitoral, do Trabalho, Federal e Militar, dos tribunais superiores e conselhos. O curso agora está disponível no CEAJud no formato autoinstrucional.
Texto: Raquel Lasalvia
Edição: Thaís Cieglinski
Agência CNJ de Notícias
The post Consolidação da PDPJ-Br é destaque em relatório de gestão da ministra Rosa Weber appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
21 DE SETEMBRO DE 2023
Revista da Escola Judicial da Justiça do Trabalho gaúcha recebe artigos até 25/9
A Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região abriu chamada de artigos para o volume nº 5/2023...
Portal CNJ
21 DE SETEMBRO DE 2023
Artigo defende diretrizes para produção e uso de reconhecimento facial sem distorções raciais
A aplicação de padrões antidiscriminatórios no uso de ferramentas tecnológicas, como as de reconhecimento...
Anoreg RS
21 DE SETEMBRO DE 2023
Desjudicialização de procedimentos jurídicos será tema de evento da comissão mista da OAB/RS com a ANOREG/RS
Atividade contará com painéis de representantes da advocacia, notários e registradores.
Anoreg RS
21 DE SETEMBRO DE 2023
Cartórios de registro de imóveis concluem integração ao SAEC, que completa dois anos de existência
Isso significa que, a partir de canal único de atendimento já é possível solicitar e obter diversos serviços de...
Anoreg RS
21 DE SETEMBRO DE 2023
Publicações com estudos sobre registro civil de nascimento já estão disponíveis no portal do MDHC
A partir desta quarta-feira (20), o portal do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) disponibiliza...